09/02/2010

O encontro

Os corpos se escolhem. Isso é fato. No primeiro olhar eles dizem: - hum.... meu número, será que dá samba?. Aí eles dão um jeitinho de se relarem e as peles descobrem a química uma da outra, a temperatura, a textura. Depois disso não há mais paz. Eles se buscam e ficam todo excitado e cada estímulo que traga uma lembrança é um tormento.

Neste tempo, em que as mentes tentam entender e aceitar o que não é opção delas, a vida faz a sua parte e cria oportunidades para os corpos se encontrarem. Aí, basta um pouquinho do cafajeste que existe em cada um acordar que liberamos todo tesão represado.

Com um pouco mais de intimidade, se descobre em um abraço o cheiro do perfume e o odor natural. Se agradar, fica impossível separar os corpos sem o primeiro ato sexual – o beijo. O gosto de alguém diz muito sobre como será sua relação com ela. Quente, calma, relaxante, instigante, carinhosa, com surpresas ou eterna, nem que seja na memória.

Se até aqui, os corpos não descobrirem que não foram feitos um para o outro, só tem mais uma chance antes de se perder a razão. Sabem do que estou falando, não?
Chegamos ao momento decisivo. No famoso vai ou racha. Antes uma ansiedade está presente em cada molécula de cada corpo, que em breve vão se unir, se fundir, tudo junto, misturado ao mesmo tempo. Aquela cena vivida e revivida em pensamento está ao alcance da mão, da boca e do corpo. A carne, antes visual, tornar-se material. Cada trechinho do outro é uma surpresa sem igual. Único pedaço do mundo que interessa.
Sentir uma pessoa tão especial, depois de passar por todas essas provas com certeza se tornou uma pessoa muito especial, dentro de si é fantástico e por um minuto o mundo tem todas as cores, sabores, perfumes e sons que você gosta. O feitiço é único.

Chegando aqui, não há mais o que fazer. Éramos um corpo e agora somos outro, diferente, marcados, misturados.

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