13/12/2010

Releitura útil...

olá. como vão as coisas? que coisas? as coisas da vida ora bolas. tem as coisinhas, as coisas que incomodam, as coisas que a gente acha que não tem mais jeito. outras coisas que não tem jeito meeeeeeeeeesmo e aquelas coisas que nem se quer ouvir falar.mas nem tudo é coisa ruim. tem coisas que fazem rir, outras coisas estimulam e tem muitas coisas que fazem a vida valer a pena. de uma coisa você pode ter certeza, não dá pra fingir que não estamos nem aí com a coisa toda porque é verdade que lá no fundo sempre tem uma coisinha que mexe com a gente.
então, como vão as coisas?

23/08/2010

Soluções simples

Tomava um copo de refrigerante na cozinha quando um serzinho de 1 ano e seis meses me pegou no flagra. Ergueu os bracinhos, eu já sabendo que o atraia não era o meu colo e sim o meu copo agachei para lhe dar alguns goles da bebida. Acostumado a mamadeira é lógico que ele babou e derrubou, na ponto do meu joelho ficou uma gotinha redondinha e brilhante. Quando o copo já estava vazio foi ela que chamou a atenção do pequenino. Ele, vendo que algo tinha saído errado em suas goladas, olhou para a gotinha e como quem resolve todos os problemas, tentou pegar com os dois dedinhos a gotinha e colocá-la de volta em meu copo.

15/08/2010

Carta aberta aos jornalistas

Excelentíssimos jornalistas, seres superiores em um país de analfabetos funcionais, peço por meio desta carta uma solução para os meus problemas. Acontece que há muito, sofro de um mau ímpar. Dou atenção aos textos com personalidades produtivas. Vejo matérias com escritores, artistas, políticos, ganhadores de Nobel e todas começam com longas descrições dos hábitos rotineiros dessas pessoas.

Sei que dar importância para conteúdo de textos em revistas e jornais de grande circulação é um hábito muito meu, mas peço, por favor, para vocês me ajudarem a conhecer o trabalho dessas pessoas. Para eu entender seu trabalho e porque ele é tão importante para o mundo em que eu vivo o fato delas serem ricas ou pobres, lêem fulano ou cicrano, se fizeram faculdade ou se sofreram com a miséria.

Então, por favor, não gastem mais teclado e tempo descrevendo coisas mais chatas do que as conversas da minha vizinha no muro, já que ela me conta fofocadas sempre acaloradas. Vou para por aqui para também não cair no erro de teclar, teclar e teclar sem sair no lugar.

06/07/2010

Pega, pega pega.. estica o braço e pega essa ideia que vai flutuando logo acima da sua cabeça.
Olha.. se num agarrar agora ela nunca mais volta, vai ficar magoada e se sentir isolada.
Coisa rara que é, outro agarra pelo pé. E você vai ficar, sem saber o que falar.

23/06/2010

Uma pro dia de hoje...

Quando a ida não é boa
A volta não pode prestar
Não tenho medo de seguir
Mas tenho medo de voltar
Acreditar no que eu acreditei
E trabalhar para quem trabalhei
Amar, amar quem eu já amei
Passar caminho que já passei

Playboy é playboy e peão é peão.

Sabe qual é a diferença entre ser um playboy e ser um peão? É poder escolher o que se faz na vida. Peão num tem opção, tem que fazer o que paga pra comer, playboy pode escolher fazer aquilo que, além de bom salário, dignifica, capacita e evolui.

Não tem jeito, eu bem que tento, mas num consigo ver de outra forma as pessoas com boa vida. Elas se protegem como uma facção. Pode se esforçar, pode trabalhar, pode se capacitar, mas nunca podemos esquecer que somos pobres, pois este é o muro que separa os 'evoluidos intelectualmente' dos 'esforçado'.Nunca playboy vai aceitar que peão é igual a ele intelectualmente.

Estressante viver junto a pessas que tem como preocupação viagens, baladas e semelhantes. Hoje deixei um recado no celular de um amigo, nunca tinha escutado sua gravação: "Um mundo melhor é possível", aí... queria eu acreditar nisso...

Desde que o mundo é mundo as roupa, acessório, remuneração, múrica, moradia, meio de transporte distiguem um dos outros. Ah nao posso esquecer do mode de interagir com os 'outros'... os subalternos, aos quais sempre deve ser imposto que quem manda é quem paga o salários... Afinal, a frase que rico adora "TO PAGANDO".

03/06/2010

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

Nessa madrugada grite. E gritei, gritei, gritei, greitei. Você ouviu? Não. O grito não saiu. Continuou aqui dentro a arranhar minha garganta, quanto mais eu gritava, mas ele se balançava e dava gargalhada...

07/05/2010

Há uma luz no fim do túnel, mesmo que você não enchergue...

Praia e Planos

Estou aqui, na beira da praia, tentando escrever algo. Desde criança penso que os grandes textos são criados em locais onde só a natureza fala mais alto que a mente. Me enganei, não consigo pensar em nada relevante. Pra falar a verdade, nem em besteira que vire assunto.


Tem muitas outras coisas que eu pensava. Sabe os vendedores da praia, aqueles que passam dizendo: - Olha o queijinho. Um é três, dois é cinco. – Olha a canga. – olha o camarão, tem frango também. Eles não trabalham para si, como eu acreditava. São empregados. Eles trabalham para outras pessoas. E estas pessoas, por sua vez, têm dezenas de outras pessoas vendendo para elas. Essa descoberta desestabilizou minhas bases.


Sempre achei que se ficasse desempregada poderia mudar para a praia e vender bijuterias e escrever todos os finais de tarde. Então em um único final de semana todo o meu plano B para o futuro foi por água abaixo.


As pessoas vivem fazendo planos. Planejam o que comprar, a onde ir, o que falar, no que trabalhar e como envelhecer. E, de repente, tudo se vai, em um segundo se desfaz igual vapor no ar. Deixam apenas a frustração.


E sem um plano ficamos sem rumo. Bem ao modo daquele ditado que diz que o vento não sopra a favor de quem não sabe pra onde ir.

Se Deus é por nós, quem será contra nós?

Certa vez, voltava da faculdade parei em um semáforo. Um homem pedia esmolas, eu já me preparava para o momento tenso em que ele chega perto do vidro e eu não sei se ele só vai pedir ou se vai assalta.

O pseudo diálogo começa com sua mão estendida e meu aceno negativo. De repente ele chega mais perto e com uma voz firme, mas muita calma, me surpreende com a seguinte frase:
- Moça. Eu tô desse jeito (sujo, descalço e com roupas rasgadas), mas ainda sou gente.

Concordei com a cabeça e caí em silêncio por não conseguir pensar em nada que pudesse ajudá-lo.

Segui meu caminho com uma pergunta me martelando. O que eu fiz para ele precisar me dizer aquilo? Fui relembrando o momento, revendo a cena para saber se fiz algum movimento brusco, mas não. Minha reação no semáforo foi calma. Daí, passei a me perguntar o que o mundo fez para ele precisar falar para uma estranha que ainda é gente?

Isso tudo me voltou à mente hoje, quando vi uma carrocinha de catadores (pejorativo assim mesmo, como a mídia e a sociedade trata o assunto). Um pai, uma mãe, um bebê de colo e uma criança pequena garimpando juntos os cantos das ruas. No fundo do equipamento de trabalho (tá na hora de dignificar essa ocupação) a frase “Se Deus é por nos, quem será contra nós?”. Sem pensar muito, uma resposta na ponta da língua: os outros pelos quais Deus é a favor.

28/02/2010

Menino e homens

Todos os dois são uma delícia. Os primeiros com a inocência única de quem não conhece a vida e acredita cegamente que tudo está ao seu alcance e por isso cada segundo que não fazem o que desejam é tempo perdido, ou se as coisas não acontecem como querem, é sinal de que tudo dará errado no final. Os segundos, com a certeza de que ganhar ou perder só depende deles e por isso comem pelas beradas, de vagar, vão contornando os obstáculos e chegam aos seus objetivos. O tempo leva o que há de melhor e traz o que há de melhor.

Em que canto está?

O que fazer quando não sobra nada. Nada instiga, nada anima, nada traz felicidade. Chega um momento na vida que as velhas roupas não satisfazem mais e as novas não atraem. É quando falta paixão, elemento essencial à felicidade.

Antes, ao ouvir música havia paixão, ao sair na rua havia paixão, ao conhecer uma alguém, paixão de novo. Agora ela se foi e a alma está vazia, como em uma sala em que todos os convidados da festa foram embora e você olha exausta pela brecha da janela e não tem vontade de cumprimentar o vizinho.

Cade a paixão, em que canto da minha carne ela se escondeu que eu não há encontro mais?a

09/02/2010

Em algum lugar há paz

O encontro

Os corpos se escolhem. Isso é fato. No primeiro olhar eles dizem: - hum.... meu número, será que dá samba?. Aí eles dão um jeitinho de se relarem e as peles descobrem a química uma da outra, a temperatura, a textura. Depois disso não há mais paz. Eles se buscam e ficam todo excitado e cada estímulo que traga uma lembrança é um tormento.

Neste tempo, em que as mentes tentam entender e aceitar o que não é opção delas, a vida faz a sua parte e cria oportunidades para os corpos se encontrarem. Aí, basta um pouquinho do cafajeste que existe em cada um acordar que liberamos todo tesão represado.

Com um pouco mais de intimidade, se descobre em um abraço o cheiro do perfume e o odor natural. Se agradar, fica impossível separar os corpos sem o primeiro ato sexual – o beijo. O gosto de alguém diz muito sobre como será sua relação com ela. Quente, calma, relaxante, instigante, carinhosa, com surpresas ou eterna, nem que seja na memória.

Se até aqui, os corpos não descobrirem que não foram feitos um para o outro, só tem mais uma chance antes de se perder a razão. Sabem do que estou falando, não?
Chegamos ao momento decisivo. No famoso vai ou racha. Antes uma ansiedade está presente em cada molécula de cada corpo, que em breve vão se unir, se fundir, tudo junto, misturado ao mesmo tempo. Aquela cena vivida e revivida em pensamento está ao alcance da mão, da boca e do corpo. A carne, antes visual, tornar-se material. Cada trechinho do outro é uma surpresa sem igual. Único pedaço do mundo que interessa.
Sentir uma pessoa tão especial, depois de passar por todas essas provas com certeza se tornou uma pessoa muito especial, dentro de si é fantástico e por um minuto o mundo tem todas as cores, sabores, perfumes e sons que você gosta. O feitiço é único.

Chegando aqui, não há mais o que fazer. Éramos um corpo e agora somos outro, diferente, marcados, misturados.

29/01/2010

Lenga lenga do coração

Esse Chico Buarque, vou te dizer, vive antecipando meus sentimentos. Hoje por exemplo, me caberia perfeitamente a música ‘há dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu, a gente estancou de repente ou foi o mundo então que cresceu. A gente quer ter voz ativa, no nosso destino mandar, mais eis que chega a roda viva e carrega o destino pra lá”.

Como dói perder o controle. O carro bateu e lá se foi o planejamento financeiro; Alguém em casa ficou doente, também acabaram-se os planos de ir morar sozinha; Pós??? foi embora junto com o planejamento financeiro; E o coração, este é bom nem lembrar.

Até um certo dia você tem certeza que o dominou, que agora só se envolve com pessoas que te façam bem em um jogo no qual você dá as cartas. E eis que aparece um sedutor cafageste de 1,9 metros, falando manso e vai te levando no ‘bico’. Cabou-se todo auto-controle e aí vem aquela lenga-lenga de não vou atender o telefone, ele não gosta de mim, isso não vai dar certo. Mas quem disse que o bandido do coração ouve. Ele quase sai pela boca e faz questão de deixar bem claro que quem manda é ele.

Então o mundo que estava tão pequeno por ficar sob seu domínio cresce, cresce e cresce. Mas cresce tanto que você não vê mais seus portos seguros. Se sente um barquinho de papel sem âncora em uma tempestade. Num sabe se volta pra trás, pro lugar conhecido, mas tedioso. Ou se vai pra frente, em busca de um novo porto que pode não chegar, isso encarando a tempestade.

A hesitação entre o partir para um novo momento ou ficar no antigo é uma forma de controlar o destino. Você pode escolher pelo igual ou o diferente e nada mais, se bem que isso é tão pouco que não podemos chamar de controle, acho que apenas de opção.

Enfim, é o Chico me antecipando a mim.

Auto entrevista

Qual o seu nome?
O mesmo que o seu.

Você gosta de ser entrevistado?
Talvez, acho que gosto mais de entrevistar. Vamos trocar de lugar?
Não, acho melhor mantermos assim, eu pergunto e eu respondo. Continuando, o que você faz de melhor?
Num sei, ainda não encontrei nada que você faça bem. Eu teria feito essa pergunta de uma forma muito melhor.

Então, tá. Não adianta me irritar, ou se irritar, acho melhor você me agradar se não você vai ganhar rugas. Vou tentar mais uma vez. O que faz você feliz?
Esperava que você me dissesse isso. O que te faz feliz, é tão mais fácil ouvir dos outros do que procurar a respostas. Você num acha?

Também acho. Acho até que é por isso que resolvi te entrevistar, para encontrar respostas sobre mim que nem eu mesma não tenho. Tipo quando o povo vai para os gurus isolados em algum monte lindo e tranqüilo levar problemas. A diferença é que eu num levo problema, pois os meus problemas são os seus problemas, e você não é guru, quem nos dera né.

É também acho. Mas a culpa desse tumultuo é sua. É você que se preocupara com coisas que num tem a menor importância e sofre, e fica de mau humor, e maltrata os outros, aliás, você faz isso de mais, eu não causo seus problemas então vê CE não me maltrata mais.

Quem faz isso é você, me acorda no meio da noite cheia de culpa de rancor de mágoa de tristeza. Vamos continuar com a entrevista, estamos escrevendo para esquecer deles, então é melhor pensarmos em coisas leves. Você lembra de alguma coisa que ultimamente te traga felicidade?
Hum! Você me pegou. To lembrando não. Ah, entrevistar. Isso é uma das poucas coisas que me levam para fora de mim. Ei, você me enganou. Agora quem está fazendo a entrevista é você.
Não é você. Eu te garanto, cada pergunta desta matéria é sua. Acredite em mim, eu não te trairia jamais.

Bom, é melhor deixamos para lá essa auto entrevista. Você já sabe todas as respostas mesmo e preciso de alguém que me ajude e eu sei tudo que você sabe, logo não vamos chegar a lugar nenhum.

Você esqueceu daquela expressão ‘duas cabeças pensam melhor que uma’?
É isso que estou dizendo, não temos duas cabeças. Até agora é uma só.
Ué, se é uma entrevista na mesma cabeça então é uma reflexão. Certo?
É? tenho dúvidas. Refletir leva a algum lugar e nós não estamos saindo do lugar.
Como não, chegamos a conclusão de que estamos refletindo agora faltar chegar a uma conclusão sobre a reflexão que estamos fazendo sobre como evoluir nos problemas.
Mais isso é muito para um dia só. Você precisa descansar.
Pelo menos nisso concordamos.

Meu veículo preferido

Nem foto, nem som é o perfume o campeão de viagem no tempo. É a mais instantânea ferramenta para te levar de um lugar ao outro. Ele vem e te carrega. Você só percebe quando já está voltando.

É bom cheiro de mato com lembranças de aventura, tranqüilidade, paz. Dama da noite: romance, noite quente, brincadeira na rua. Perfume de homem lembra beijo, sensualidade, química, pele. Terra molhada dia de verão em que podemos nos molhar ou nos cobrir de barro. Comida de mãe família, carinho, amor, filhos.

Nesse nevoeiro de cheiros tem sempre um que ... que nos tira o chão. Alguns de nós vamos parar em um buraco e outros nas nuvens.

Nem sempre é uma viagem feliz, as vezes são apenas momentos que queremos deixar no passado. Mas quando o perfume é de alguém real, quer dizer, que divide o mesmo planeta e época que você, ele inunda nossa alma, tudo se torna realidade de novo. É como se sua mão pudesse tocar aquela fragrância, que te sugaria para aquele lugar tão perto e tão inacessível.

26/01/2010

OI. Muito prazer.